Diretora do CEPAJOB é alvo de múltiplas denúncias de assédio e abuso de autoridade
A diretora do Centro de Educação Profissional do Amapá Professora Josinete Oliveira Barroso (CEPAJOB), Lia Soares, é alvo de uma série de denúncias que apontam supostos casos de assédio moral, intimidação de servidores e alunos, além de irregularidades na gestão de recursos públicos da instituição.
De acordo com relatos enviados ao Portal 1Norte e documentos encaminhados ao Ministério Público do Amapá (MP-AP), 37 denúncias foram registradas em ouvidorias e sindicâncias, e mais de 30 boletins de ocorrência já teriam sido formalizados em delegacias da capital.
Entre as acusações, servidores e estudantes afirmam que a gestora adota uma postura autoritária dentro da unidade, ameaçando e constrangendo subordinados e alunos. Um dos relatos diz que Lia Soares teria gritado com uma turma do curso técnico de Guia de Turismo, afirmando: “Me respeitem, eu sou a gestora dessa instituição” — e ainda teria ameaçado processar estudantes após ser questionada sobre a negativa do uso de um ônibus escolar para uma visita técnica em Santana.
Outros relatos apontam que a diretora devolveu servidores apenas por discordarem de suas decisões e que mantém um ambiente de trabalho abusivo e intimidador.
Denúncias formais
Em manifestação protocolada na Ouvidoria do Ministério Público, uma servidora efetiva relata que foi impedida de exercer suas funções desde o dia 1º de outubro, sem justificativa, o que configuraria abuso de autoridade e violação aos princípios da administração pública.
O mesmo documento também denuncia o uso irregular de recursos da merenda escolar e da manutenção da unidade, além de apontar que um professor lotado na escola, Jorge Pelaes Dantas, estaria residindo em Brasília e assinando o ponto remotamente por meio do aplicativo WhatsApp, como se estivesse cumprindo jornada presencial.
A manifestação também descreve um caso de falsificação de documento público, em que uma servidora teria sido pressionada a assinar a prestação de contas do primeiro semestre no lugar da tesoureira, sob ameaça da diretora.
Investigação e intimidação
Fontes internas afirmam que pessoas próximas à direção da escola tentaram interferir nas investigações, buscando contato com delegados “amigos” para minimizar as denúncias. Parte dos servidores já procurou o Ministério Público e a Secretaria de Educação do Estado (Seed) pedindo providências.


