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Amapá tem a segunda maior taxa de mortalidade infantil do Brasil, atrás apenas de RR

O Amapá é o segundo estado do Brasil com a maior taxa de mortalidade infantil, com 20,93 mortes a cada mil nascidos vivos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) de 2023. O índice é um dos mais altos da Região Norte, ficando atrás apenas de Roraima, que registra 23,88 mortes por mil nascimentos.

Os dados refletem uma situação crítica e persistente: enquanto a média nacional é de 12,62 mortes antes de completar um ano de idade, o Amapá segue mais que 80% acima da média brasileira. Em 2022, o estado chegou a liderar o ranking, com 22,9 óbitos infantis por mil nascidos vivos, contra uma média nacional de 13,3, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o a Fundação Abrinq, entre as principais causas de morte em crianças menores de um ano estão complicações relacionadas ao parto, prematuridade, infecções respiratórias, diarreia e doenças congênitas. Muitas dessas situações podem ser prevenidas com ações simples e integradas de atenção à saúde e apoio às famílias desde a gestação.

Os dados são resultado de uma combinação de fatores: falhas no acesso à saúde pública, saneamento básico precário, baixa cobertura vacinal e políticas públicas ineficazes, apontam especialistas citados pela Fundação Abrinq pelo Direito da Criança e do Adolescente (FADC). A entidade destaca que a Região Norte concentra os piores indicadores do país, enquanto estados do Sul, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, conseguiram reduzir consideravelmente a mortalidade infantil nos últimos anos.

Embora o Amapá tenha registrado uma leve redução nas taxas ao longo da última década, o avanço ainda é considerado pequeno. A ausência de investimentos estruturais em saúde e saneamento básico continua deixando crianças vulneráveis e famílias desassistidas, especialmente nas áreas periféricas e rurais.

De acordo com matéria publicada pelo G1 Pará em março de 2025 e pela FADC, a região Norte ainda lidera os índices nacionais de mortalidade infantil, reflexo de desigualdades históricas e da falta de políticas integradas entre os governos federal, estadual e municipal.

Em contrapartida, estados do Sul e Sudeste têm ampliado programas de atenção básica, cobertura vacinal e acompanhamento materno, o que tem reduzido drasticamente os números.

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